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13 de junho de 2012


REDUÇÃO DO IPI...BOM PRA QUEM?

 

 

  A mesma balela de 2008 se repete. As montadoras viram seus números de vendas despencarem e com o mesmo argumento furado de sempre (demissões em massa e até mesmo parar de produzir no país virando importadores, paralisar a economia do país, etc...) conseguiram se beneficiar com a ajuda do governo que reduziu o  IPI até 31 de agosto.
O incentivo, que é válido tanto para carros nacionais quanto importados, consiste em reduzir a cobrança de IOF nos financiamentos em 1% e redução do IPI em 7% nos carros 1.0, 5,5% nos carros 1.0 até 2.0 bicombustíveis, 6,5% para carros 1.0 até 2.0 só a gasolina e 3% para os utilitários e as montadoras e importadoras  reduzem 2,5% de sua margem de lucro nos carros 1.0, 1,5 % nos carros até 2.0 e 1% nos utilitários. Na teoria, a redução total no preço final dos carros teria que ser de 1.0 9,5%, até 2.0 flex  7%, até 2.0 gasolina  8% e utilitários 4%. E o consumidor que vantagem leva nisso? Dependendo da situação nenhuma, porque o consumidor que vai trocar seu usado por um novo tem o valor de seu veículo depreciado na mesma proporção ou até maior porque as concessionárias aproveitam a situação dizendo que agora o usado vai ficar difícil de vender e pagam “na canela” (termo utilizado pelos lojistas que quer dizer pagar bem abaixo do que vale), e de acordo com uma breve pesquisa feita em algumas concessionárias da região da grande São Paulo mostra que nem todas as marcas estão repassando o valor total de descontos no preço de venda dos veículos. Algumas marcas diminuíram as bonificações, outras retiraram as taxas de juros promocionais que vinham sendo aplicadas antes da redução do imposto.  Resumindo, as medidas adotadas pelo governo beneficiam mais as montadoras e banqueiros que aproveitam a situação para engordar suas margens de lucro e aumentar suas vendas enquanto o consumidor como sempre não é beneficiado e ainda corre igual um louco para as concessionárias achando que se perder esta oportunidade dificilmente vai conseguir outra igual. Meus amigos o poder está em nossas mãos e nós não sabemos como utilizá-lo, vamos parar de ser enganados e pagar preços altíssimos por produtos que quando não são "restos" de europeus e americanos adaptados ao Brasil, são projetos locais que priorizam somente o baixo custo de produção, deixando a segurança, tecnologia e qualidade em último plano ou paga à parte como opcional, vamos ser mais exigentes e não se deixar levar pela palavrinha mágica "novo".

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