A mesma balela de 2008 se repete. As montadoras viram seus números de
vendas despencarem e com o mesmo argumento furado de sempre (demissões em massa
e até mesmo parar de produzir no país virando importadores, paralisar a
economia do país, etc...) conseguiram se beneficiar com a ajuda do governo que
reduziu o IPI até 31 de agosto.
O
incentivo, que é válido tanto para carros nacionais quanto importados, consiste
em reduzir a cobrança de IOF nos financiamentos em 1% e redução do IPI em 7% nos
carros 1.0, 5,5% nos carros 1.0 até 2.0 bicombustíveis, 6,5% para carros 1.0
até 2.0 só a gasolina e 3% para os utilitários e as montadoras e
importadoras reduzem 2,5% de sua margem
de lucro nos carros 1.0, 1,5 % nos carros até 2.0 e 1% nos utilitários. Na
teoria, a redução total no preço final dos carros teria que ser de 1.0 9,5%,
até 2.0 flex 7%, até 2.0 gasolina 8% e utilitários 4%. E o consumidor que
vantagem leva nisso? Dependendo da situação nenhuma, porque o consumidor que
vai trocar seu usado por um novo tem o valor de seu veículo depreciado na mesma
proporção ou até maior porque as concessionárias aproveitam a situação dizendo
que agora o usado vai ficar difícil de vender e pagam “na canela” (termo
utilizado pelos lojistas que quer dizer pagar bem abaixo do que vale), e de acordo com uma breve pesquisa feita em algumas concessionárias da região da grande São Paulo mostra que nem todas as
marcas estão repassando o valor total de descontos no preço de venda dos
veículos. Algumas marcas diminuíram as bonificações, outras retiraram as taxas
de juros promocionais que vinham sendo aplicadas antes da redução do imposto. Resumindo, as medidas adotadas pelo governo
beneficiam mais as montadoras e banqueiros que aproveitam a situação para
engordar suas margens de lucro e aumentar suas vendas enquanto o consumidor
como sempre não é beneficiado e ainda corre igual um louco
para as concessionárias achando que se perder esta oportunidade dificilmente
vai conseguir outra igual. Meus amigos o poder está em nossas mãos e nós não sabemos como utilizá-lo, vamos parar de ser enganados e pagar preços altíssimos por produtos que quando não são "restos" de europeus e americanos adaptados ao Brasil, são projetos locais que priorizam somente o baixo custo de produção, deixando a segurança, tecnologia e qualidade em último plano ou paga à parte como opcional, vamos ser mais exigentes e não se deixar levar pela palavrinha mágica "novo".
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