30
ANOS DE VW PARATI...DO ESTRELATO AO ABANDONO.
Nesse mês de junho, a VW Parati completa 30 anos ininterruptos de produção. Um veÃculo que nasceu para ocupar a vaga deixada pelas bem sucedidas Brasilia e Variant e complementar a famÃlia Gol que já contava também com o sedan Voyage com o qual compartilhava além da plataforma, o motor refrigerado à água e o desenho dos faróis e grade dianteira.
Foi objeto de desejo da juventude e da maioria das famÃlias nas décadas de 80 e 90, graças ao seu design jovial e muito mais moderno do que a concorrência da época, bom espaço interno com um amplo porta malas e conjunto mecânico que além de ser robusto e de fácil manutenção aliava bom desempenho e economia de combustÃvel.
Graças a essas qualidades logo no segundo ano de vida se tornou lÃder disparado do segmento de peruas, chegou a ser exportada para os EUA em mesdos da década de 80 e só começou a ser incomodada pela concorrência em 1997 com o lançamento da Fiat Palio Weekend que logo tomou seu posto no ranking. Mesmo assim resistiu bravamente à concorrência de modelos bem mais atuais e das minivans nos anos 2000 graças à sua imagem sempre associada de alguma forma ao público jovem, reforçada pelas séries especiais que teve ao longo dos anos (PLUS, SURF, CLUB, ATLANTA, TRACK FIELD, CROSSOVER).
A sua última alteração significativa foi em
2005 quando foi lançada a geração 4 já como modelo 2006 e de lá pra cá não
recebeu nenhum investimento significativo por parte do fabricante, que deu o
golpe de misericórdia quando definiu não lançar uma Parati G5 e direcionar seus
esforços para a prima Spacefox lançada em 2007.
Hoje
o modelo sobrevive praticamente graças
às vendas diretas (vendas direcionadas à empresas e órgãos públicos) que, de
acordo com dados da Fenabrave no acumulado de janeiro a abril de 2012, as
vendas no varejo representaram apenas 1,3% do total de seus 1251 emplacamentos.
A Parati está só aguardando a montadora decretar seu fim e levará junto com ela
para o túmulo o motor AP 1.6, último remanescente de uma famÃlia de motores que
fez história.
Em sua trajetória, o modelo passou por inúmeras mudanças na parte mecânica e visual mas mantém algumas caracterÃsticas básicas desde seu lançamento como volante desalinhado em relação ao banco do motorista, motor longitudinal, calibragem da suspensão mais voltada estabilidade do que ao conforto, assentos dos bancos baixos que passam a impresso de estar sentado no assoalho e simplicidade no acabamento embora de qualidade. O modelo já teve motores de diversas cilindradas e potências 1.5, 1.6, 1.8, 2.0, 2.0 16v, 1.0 16v e 1.0 16v turbo, sendo hoje disponÃvel apenas o motor AP 1.6 TOTAL FLEX que só é produzido para equipá-la.
Em sua trajetória, o modelo passou por inúmeras mudanças na parte mecânica e visual mas mantém algumas caracterÃsticas básicas desde seu lançamento como volante desalinhado em relação ao banco do motorista, motor longitudinal, calibragem da suspensão mais voltada estabilidade do que ao conforto, assentos dos bancos baixos que passam a impresso de estar sentado no assoalho e simplicidade no acabamento embora de qualidade. O modelo já teve motores de diversas cilindradas e potências 1.5, 1.6, 1.8, 2.0, 2.0 16v, 1.0 16v e 1.0 16v turbo, sendo hoje disponÃvel apenas o motor AP 1.6 TOTAL FLEX que só é produzido para equipá-la.
As gerações
Primeira geração ou "quadrada"
O modelo foi lançado em junho de 1982 com carroceria de duas portas, motor 1.5 do Passat movido a gasolina com 78 cv SAE e cambio de quatro marchas nas versões de acabamento S, LS e GLS. Dois meses após seu lançamento o motor 1.5 foi substituÃdo pelo 1.6 MD 270 que gerava 96 cv SAE e foi lançada a versão movida à álcool com 98 cv SAE. Em 1985 ganhou novos parachoques , motor AP 1.6 e cambio de 5 marchas opcional.
Para 1987 ganhou sua primeira reestilização com novos parachoques, e novo desenho de grade e faróis, ganhou bagageiro no teto como opcional e a nomenclatura das versões mudou para C, CL, GL. No ano seguinte ganhou melhorias na parte interna como novo desenho do painel sendo para as versões C e CL um painel de desenho mais simples e a GL com painel idêntico ao modelo exportado para os EUA e foi relançada a versão GLS com motor 1.8. Para 1990 passou a contar com motor 1.8 AP como opcional na versão GL e o motor 1.6 AP saiu de cena e foi substituÃdo pelo motor de origem Ford 1.6 CHT que foi rebatizado de AE (alta economia) o que gerou inúmeras crÃticas na época por parte da mÃdia especializada e consumidores.
Para a linha 1991 ocorre a segunda reestilização novamente nos faróis, grade dianteira e tampa traseira que ficou conhecida como “chinesinha” e todos os modelos passam a contar com parabrisa laminado.
Em 1993, para a alegria dos fãs, o motor AP 1.6 voltou a ser oferecido como opcional. Para 1994, a perua ganhou direção hidráulica como opcional para as versões GL e GLS e no ano seguinte o motor AE deixou de ser oferecido.
Segunda
geração “bola”
Em outubro de 1995, como linha 1996 surgiu a
nova geração conhecida como “bola”. Ganhou desenho totalmente novo e o interior também foi completamente
reformulado, os motores passaram a contar com injeção eletrônica (multiponto no
2.0), passou a contar com freios ABS como opcional na versão GLSi, mas
continuava com a mesma base estrutural e
carroceria de duas portas. Era ofertada nas versões CLi com motor 1.6 e 1.8,
GLi 1.8 e GLSi 2.0. Em 1997 os motores 1.6
e 1.8 passaram a contar com injeção multiponto, surgiu o motor 1.0 16v com 69
cv, foi lançada a versão esportiva GTI com motor 2.0 16v de 145 cv e no final
do ano já como linha 1998 foi lançada a tão aguardada carroceria de quatro
portas.
Terceira
geração
Em 1999, como linha 2000, foi apresentada a
conhecida terceira geração da Parati que na verdade era uma reestilização da
anterior mas foi considerada outra geração pelo nÃvel das mudanças que
traduziram num salto de qualidade de produto.
O painel de instrumentos foi totalmente redesenhado, foram introduzidos
materiais de qualidade superior nos bancos e forrações, passou a contar com AIR
BAG duplo como opcional, toda a parte dianteira, lanternas traseiras e parachoques
também foram redesenhados.
Em 2001 ganhou melhorias no motor 1.0 16v e o motor 1.0 16v TURBO de 112 cv que aposentou o 1.6, parachoques e tampa traseira com novo desenho. O ano de 2003 foi marcado pelo lançamento da versão CROSSOVER (uma tentativa frustrada de combater o avanço da Palio Weekend Adventure), a extinção dos motores 1.0 16v e 1.0 16v TURBO e o retorno do 1.6 a gasolina e também com a pioneira tecnologia TOTAL FLEX.
Em 2001 ganhou melhorias no motor 1.0 16v e o motor 1.0 16v TURBO de 112 cv que aposentou o 1.6, parachoques e tampa traseira com novo desenho. O ano de 2003 foi marcado pelo lançamento da versão CROSSOVER (uma tentativa frustrada de combater o avanço da Palio Weekend Adventure), a extinção dos motores 1.0 16v e 1.0 16v TURBO e o retorno do 1.6 a gasolina e também com a pioneira tecnologia TOTAL FLEX.
Quarta
geração
Da mesma forma que a terceira geração deu um
“up grade” na Parati em termos de qualidade, a quarta e atual geração que foi
lançada em 2005 como linha 2006 (que também foi apenas uma reestilização) retrocedeu
em termos de visual e acabamento. O painel ficou bem mais simples com saÃdas de
ventilação redondas e quadro de instrumentos igual ao do Fox, as forrações das
portas também no estilo Fox (puro plástico) e o visual da dianteira ficou de
gosto duvidoso.
Foi lançada a versão TRACK FIELD que vinha com acabamento e
visual exclusivos que saiu de cena em 2008 para dar lugar a série SURF que
praticamente continha os mesmos equipamentos. No mesmo ano sai de linha o motor
1.8 e em 2009 chega a versão TITAN ,destinada ao público rural com suspensão
elevada, rodas de aço aro 14” e pneus de uso misto.
Na linha 2013, o modelo
está disponÃvel nas versões SURF, TITAN e 1.6 mas só no catálogo porque achar
qualquer uma dessas versões nas concessionárias é missão impossÃvel, só se for
por encomenda. Parati
2013 só se vê nas ruas trajada como viatura de polÃcia.
A Parati foi um marco na
história da VW e com certeza quando forem desligados seus aparelhos será o fim
de uma era (a era da linha BX e dos motores AP) e deixará saudades em muitos,
principalmente em quem tem hoje de 30 a 40 anos e que quando era jovem com
certeza sonhou em ter a sua Parati rebaixada, com rodas de liga e o seu motor
AP “envenenado” com uma das milhares de opções possÃveis.
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